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É de forma gradativa , mas filmes e séries de TV baseados em videogames têm visto um aumento definitivo na qualidade. O melhor exemplo disso seria a série Castlevania da Netflix, escrita por Warren Ellis. E o novo filme Mortal Kombat, Scorpion’s Revenge é algo do gênero.

Não é de forma alguma um filme impecável. O enredo se torna um tanto delgado na metade do caminho, e termina com o mais óbvio dos ganchos de sequência. Mas nada disso impede de ficar encantado com a enorme quantidade de violência gráfica exibida em tela. A violência é o foco da franquia, desde o jogo épico às recentes animações. Aqui, os cineastas se concentram no derramamento de sangue icônico da série e em tentar encontrar o importante equilíbrio do tom correto no filme. O ponto forte é adaptar a história dos games, mas se apoiar demais neles poderia tornar o filme muito opressivo ou sombrio. E aqui o filme acerta.

Conciliando com a história dos novos jogos e, de certa forma, até celebrando o icônico filme live-action de 1995, Mortal Kombat: Scorpion’s Revenge consegue um bom balanço entre as cenas gores, a mitologia complexa de seu universo, e doses satisfatória de sarcasmo de seus personagens. Mas nem tudo são flores, um dos principais problemas é a narrativa cinematográfica do longa, que deixa lacunas de construção de personagens vilanescos e algumas reviravoltas um tanto do nada. Porém pra quem já tem um background dos últimos games (MK9, 10 e 11) soa natural.

Os sons do longa animado é mais um ponto positivo. O design de som selvagem de Mortal Kombat Legends é bastante forte, mostrando a importância do áudio na franquia e o nível de trabalho que é feito para tornar o som dos ossos e punhos o mais impressionante possível. Nunca antes eu poderia pensar que o som de aipo quebrando ou tomates sendo esmagados soem tão gráficos.

Mortal Kombat Legends é facilmente a melhor adaptação que a série de videogames já teve. Embora os ganchos óbvios da sequela deixem o filme muito leve em algumas áreas, é o suficiente para fazer querer ver mais.

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Daniel Gustavo

O destino é inexorável.

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