Falar de Doctor Who, para mim, é uma tarefa fácil e prazerosa, pois é a minha série televisiva (e agora de livros também!) favorita. Mas terei que tomar cuidado com a empolgação e levar em conta que nem todos que lerem Mortalha da Lamentação conhecem esse personagem carismático chamado Doutor.

Autor: Tommy Donbavand

Publicidade

Sinopse: Em Doctor Who – Mortalha da lamentação, é o dia seguinte ao assassinato de John F. Kennedy — e o rosto de pessoas mortas começa a aparecer por toda parte. O guarda Reg Cranfield vê o pai na névoa densa ao longo da estrada Totter Lane. A repórter Mae Callon vê a avó em uma mancha de café na mesa de trabalho. O agente especial do FBI Warren Skeet se depara com seu parceiro falecido há muitos anos olhando para ele através das gotas de chuva no vidro da janela.

Então os rostos começam a falar e gritar. São as Mortalhas, que se alimentam da tristeza alheia, atacando a Terra. Será que o Doutor conseguirá superar o próprio luto para salvar a humanidade?

Primeiro, tenho que apresentá-lo devidamente: O doutor faz parte dos antigos Senhores do Tempo, uma raça alienígena muito parecida com os humanos na forma física, mas com algumas diferenças: eles possuem dois corações e a capacidade de “enganar” a morte rearranjando suas suas células quando são gravemente feridos ou estão próximos de uma morte natural. Isso provoca uma mudança total na sua aparência e personalidade (mas sem afetar suas memórias), o que justifica a troca dos atores que o interpretam no seriado. Além disso, o Doutor possui uma espaçonave/máquina do tempo chamada TARDIS e, com ela, viaja para qualquer lugar do Universo, em qualquer época, sempre com alguma companheira ao seu lado.

Mortalha da Lamentação deixa essa apresentação em segundo plano e vai direto para a trama em si. Isso não compromete a leitura, mas penso que essas informações fariam muita diferença para a idealização e para o aprofundamento psicológico dos personagens para aqueles que ainda não os conhecem.

O Doutor da vez é o 11° e a sua companheira é Clara Oswald, interpretados na série por Matt Smith e Jenna-Louise Coleman. Juntos, eles precisam descobrir uma forma de deter as Mortalhas e impedir que alcancem seu objetivo.

Por se tratarem de vilões que se alimentam da tristeza, acreditei que a história teria um tom um pouco mais sombrio. Porém, há muito humor na narração, característico da décima primeira regeneração do Doutor. Isso é compreensível, pois qual a melhor forma de se combater a tristeza senão com humor e alegria?

Mas a longa vida do Doutor também teve momentos melancólicos revividos no ataque das Mortalhas. A maioria desses momentos são referências à série clássica (iniciada em 1963) e outros referem-se à série atual (de 2005 em diante). Eles não comovem tão profundamente para quem nunca assistiu à série, mas podem ser bem assimilados.

Já o final, como sempre quando falamos de Doctor Who, foge do que parecia óbvio e encerra a trama de uma forma muito satisfatória e deixa espaço para possíveis sequências.

Sendo assim, Doctor Who – Mortalha da Lamentação é um livro escrito por um fã, para fãs; mas também para não fãs, com a intenção de trazer estes para o universo do Doutor.

Adicione este livro à sua estante!

Publicidade
Share.
Mozer Dias

Engenheiro por formação, mas apaixonado pelo mundo da literatura e do cinema. Se eu demorar a responder, provavelmente estou ocupado lendo ou assistindo a um filme.

Exit mobile version