Responsável por marcar uma geração, essa série animada tinha o poder de prender o público em uma teia de aventuras. Estreando em 1994, Homem-Aranha foi exibido no Brasil pela Rede Globo e pela extinta Fox Kids. Foi exatamente a partir daquele ano que muitas pessoas, assim como eu, conheceram o herói da Marvel e se tornaram fãs dele. Com um total de 65 episódios, divididos em cinco temporadas, acompanhamos o amigão da vizinhança lutando contra diversos inimigos e encontrando vários aliados clássicos de suas histórias em quadrinhos.

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Mesmo sendo fã do personagem e da maioria de suas adaptações, acredito que não é nenhum mistério encontrar o motivo do sucesso da série animada do Homem-Aranha. O principal deles está no fato da equipe criativa ser composta principalmente pelo criador do cabeça de teia, Stan Lee, que foi produtor e roteirista de alguns episódios. Outros grandes nomes dos quadrinhos da Marvel também deram sua contribuição no roteiro como foi o caso de Gerry Conway, Len Wein, J.M. DeMatteis e Marv Wolfman.

Mas apesar desses nomes serem responsáveis por manter um respeito ao material base da adaptação, algumas mudanças não agradaram a todos. Em especial, os fãs do personagem nos quadrinhos. É o caso de alterações na origem de vilões, como foi o caso do Venom. Nas HQs, o simbionte alienígena “conheceu” o escalador de paredes na saga Guerras Secretas e não através de um material gosmento vindo do espaço. Outras questões como essa também aparecem em maior ou menor quantidade ao longo das temporadas como exemplos de liberdade criativa. Um detalhe que de certo modo deve ter influenciado as adaptações que vieram nos anos seguintes, seja em animação ou live action.

Além disso existem alguns erros de tradução da versão brasileira, o que rendeu algumas curiosas pérolas de dublagem. Há também o fato de vários dubladores de personagens secundários terem sido trocados, algo que com certeza causou estranheza. No entanto, o carisma da animação e a essência do universo do Homem-Aranha ganhando vida nas telas cativou o suficiente para manter todo tipo de público. Grande parte disso é “culpa” do exemplar trabalho de Mauro Eduardo que, para muitos fãs, é dono da voz definitiva do herói assim como Eleonora Prado que dublou Mary Jane Watson.

Inclusive, carisma é o adjetivo que melhor define o Homem-Aranha dessa série animada. O conjunto formado por uma excelente dublagem do personagem principal, roteiro bem sintonizado com sua essência e histórias bem escolhidas criaram uma versão espetacular de tão carismática. Quem assistiu na época pode afirmar que riu das piadas do cabeça de teia, se emocionou em alguns episódios e torceu pelo amigão da vizinhança. E por isso, como fã, acredito que essa é sem dúvida a melhor adaptação do herói para TV até hoje.

Enfim, antes de disparar a última teia nessa crítica especial e saudosista vale lembrar que em novembro desse ano a série animada do Homem-Aranha completará 26 anos de existência. Por esse motivo, deixo aqui o agradecimento por todos os momentos emocionantes e divertidos que tive graças a essa inspirada produção do amigão da vizinhança que tive o prazer de conhecer nesses anos.  Assim como várias pessoas, fiquei preso nas suas teias de aventuras e entendi mais uma vez que com grandes poderes vem grandes responsabilidades.

Ficha técnica:

  • Ano de lançamento: 1994 (Brasil)
  • Gênero: ação, super-heróis, adaptação
  • Criador/Produtor: Stan Lee (obra original) e John Semper Jr (série animada)
  • Estúdio: Marvel Films Animation
  • Número de episódios: 65
  • Status: Completo

Assista ao trailer:

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Marcus Alencar

"Palavras importam! Uma morte, uma ondulação e a história mudará em um piscar de olhos"

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