Uncharted: Fora do Mapa (2022)│Crítica

Por muito tempo se falou de uma adaptação dos games de Uncharted para o cinema. Parecia mais do que natural, já que o próprio jogo propositalmente tenta emular a sensação de jogar uma aventura típica de Indiana Jones. Finalmente a adaptação está entre nós, e também inaugura a produtora da Playstation, que pretende fazer novos filmes de suas franquias exclusivas.

O roteiro é assinado por Mark D. Walker, Jon Hanley Rosenberg, Rafe Judkins, Matt Holloway e Art Marcum. É impressionante que a história tenha saído concisa e bem amarrada com todos esses nomes envolvidos ao mesmo tempo. A ideia desta trama é funcionar como uma prequel do game, apesar de pegar emprestado momentos de alguns jogos da franquia. O objetivo do filme é funcionar como uma história de origem, até mesmo para aqueles que já são fãs da franquia.

A direção é por conta de Ruben Fleischer, que já assinou a direção de trabalhos como Zumbilândia e Venom, e é surpreendente como ele conseguiu fazer cenas de ação incríveis. Onde estava esse talento todo para luta e aventura em Venom? Realmente temos momentos que ficarão em sua memória por um tempo no quesito de cenas de ação. Nos demais aspectos da direção, o trabalho é competente, mas sem grandes menções.

Tom Holland está no papel do protagonista Nathan Drake, e para muitos essa foi uma escalação estranha já que ele é muito mais jovem do que o que vemos nos games. Quando notamos que o objetivo do filme é contar essa história de origem, esse aspecto fica mais suavizado. Aliás, ele acaba convencendo bem como um astro de ação que realmente tem momentos de movimentação onde é perceptível que o ator está realizando proezas físicas admiráveis.

Mark Wahlberg, como Sully, está mais do mesmo. Uma versão um pouco mais cínica de outros personagens de ação que já vimos ele fazendo. No campo dos vilões, o filme deixa um pouco a desejar. Nenhum deles é verdadeiramente marcante. A caça ao tesouro é interessante e supreendentemente pé no chão para o padrão que temos nesse tipo de filme. Não é aquele tipo de história onde as pistas e situações em tumbas e catacumbas parecem ridiculamente complicadas a ponto de sairmos da história.

No fim das contas temos um ótimo filme de ação e aventura, e um belo início para a franquia que a Sony deseja dar continuidade. Ruben Fleischer realmente mostrou que tem uma grande habilidade para ação e diversos desses roteiristas estão no início de carreira mostrando competência nesse trabalho. Uma adaptação à altura dos jogos, e propositalmente um começo mais modestos para seguir rumos mais altos nos próximos filmes que podem vir a existir.

PS: Existem duas cenas de ação nesse filme. Ambos possuem significados no que diz respeito à história.

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