Minhas ideias nascem em horários que estou desligada de tudo. Posso estar no chuveiro ou pronta pra dormir que sempre vem à mente verbos, adjetivos, artigos, sentenças ou simplesmente uma palavra solta mas conectada por uma rima, e imediatamente pego um bloco de notas e anoto. No dia seguinte, já relaxada e com a cabeça vazia vou casando as palavras que me apareceram e dando construção a uma incrível história. Esse start que dou nesse processo de criação acaba sendo algo lento, delicado, mas ao mesmo tempo sublime e prazeroso em que o resultado final se torna mágico e fora do comum.
Depois que o texto está pronto é o momento em que releio novamente toda a história e vou aos poucos lapidando cada parágrafo cuidadosamente. Olhando cada palavra, cada frase e arrumando para que a minha construção se torne impecável. Toda vez que escrevo sou acompanhada por esse feeling inexplicável, e sou invadida por uma enxurrada de palavras e maravilhosas metáforas que automaticamente vão se encaixando umas nas outras e fazendo sentido. Dando assim, um contexto novo que eu não tinha pensado antes.
Mas o que eu sou durante todo esse processo de construção? Penso da seguinte maneira, quando um texto meu ainda se encontra inacabado metade de mim se torna incompleta, sem sentido. Só depois de feito tudo é que sou completa. Costumo dizer que respiro palavras e transpiro ideias a cada instante. E é nessa fusão de palavras com ideias que me transformo em um conjunto de sentenças surpreendentes.