Contágio. Epidemia. Pandemia. Enfim, o caos. Na história da humanidade, já passamos por diversos períodos em que doenças atingiram o mundo em grande escala. Dessa vez, com o surto do coronavírus (covid-19) não é diferente. Estamos sentindo os efeitos de ações contra o vírus todos os dias. E você deve estar se perguntando, o que a literatura tem a ver com tudo isso? A resposta a essa pergunta é simples e objetiva. Separamos alguns conteúdos nossos em que comentamos sobre livros que já abordaram essa temática de forma inteligente. Independente do gênero, vocês verão ou relembrarão como cada uma dessas obras se relacionam com o momento atual.

Em Inferno, do escritor best-seller Dan Brown, temos uma trama na qual a questão epidêmica tem papel relevante na aventura vivida pelo simbologista Robert Langdon. Ao invés de enfrentar uma sociedade secreta, como ocorre em O Código da Vinci, o inimigo da vez se apresenta na forma de uma única pessoa de intelecto avançado que planeja lidar com o problema do crescimento descontrolado da população mundial. Além de todo o mistério de como isso foi planejado, há toda uma relação com a obra A Divina Comédia de Dante Alighieri. Sobre isso, fica o destaque de um trecho da resenha escrita por Mozer Dias:

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“Langdon está envolvido nesse mistério de alguma forma sombria que ele desconhece, tendo que se antecipar a uma verdadeira catástrofe associada a pestes, epidemias e  imagens infernais idealizadas por Dante séculos atrás.”

Um dado curioso é que a trama de Inferno se passa na Itália, um dos países mais atingidos pela pandemia do novo Coronavírus em todo o mundo. Segundo notícia publicada no G1, apenas recentemente (12/04) que o número de mortes diminuiu de 500 por dia. O texto também cita uma matéria do jornal La Repubblica em que é dito que a queda é um sinal de esperança mesmo com um número de vítimas alto. Inclusive, vale lembrar que em um certo momento do livro de Dan Brown o protagonista confirma que o país seria o lugar ideal para a disseminação de uma peste graças a população numerosa e ao número de turistas que visitam o país por ano.

A relação entre a ficção e suas coincidências com o momento atual não param por ai. Esse é o caso de duas obras de outro autor best-seller: Stephen King. Em livros totalmente diferentes, o escritor desenvolveu tramas que tinham uma pandemia como ponto de partida. Em A Dança da Morte, King apresenta um mundo pós-apocalíptico onde quase todas as pessoas foram dizimadas por um vírus letal. Trata-se de uma supergripe chamada de Capitão Viajante que fora criada como uma arma biológica pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos e liberada acidentalmente. Quem tiver a oportunidade de conhecer mais esse trabalho do mestre do suspense verá desde a fase inicial do contágio até a reorganização dos sobreviventes.

Já em Belas Adormecidas, escrito por ele em parceria inédita com seu filho Owen King, a transmissão da doença faz parte do mistério da trama. Não se sabe como a gripe Aurora impossibilitou com que todas as mulheres adormecidas pudessem acordar, mas descobrir a origem disso e a existência de uma cura é o que movimenta os personagens.

Falando em mistério, onde estaria a coincidência entre as tramas dessas duas obras e a atual pandemia? A resposta está justamente na ideia de uma gripe ser responsável por transmitir a doença epidêmica. Desde o surgimento do coronavírus (covid-19), muito tem se falado sobre as semelhanças dos sintomas com outros tipos de gripe como o Influenza. Nesta matéria escrita por Maria Tereza Santos, com base em material publicado no site Organização Mundial da Saúde (OMS), há informações mais detalhadas sobre isso.

Enfim, fica a esperança para que não sejamos levados a viver em um mundo apocalíptico ou correr o risco de extinção pois independente da relação entre a literatura e o momento atual, o que a humanidade precisa mesmo é que essa história tenha um final feliz e rápido. 

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Marcus Alencar

"Palavras importam! Uma morte, uma ondulação e a história mudará em um piscar de olhos"

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