No mês de outubro, ela completou 79 anos de existência. Desde sempre, está sendo reinventada em algum aspecto. Sua origem mais clássica e considerada como definitiva continua sendo aquela relacionada à mitologia grega. Por isso, é normal ler histórias em que essa semideusa busca aprender mais sobre a vida dos humanos. Além disso, ela já salvou o planeta e o multiverso de inúmeras ameaças. Semana passada, foi anunciado que uma nova versão sua estaria prestes a surgir em um certo estado futuro da editora responsável pela publicação de suas aventuras. Quem é ela? Yara Flor, a Mulher-Maravilha brasileira.

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Para colocar os pingos nos “is” e seguir uma ordem cronológica, vamos pontuar uma data importante: 21 de outubro de 1941. Foi neste dia que Diana Prince, a Mulher-Maravilha, fez sua primeira aparição em uma história em quadrinhos. Mais precisamente, em All-Star Comics #8. Criada por William Moulton Marston, a super-heroína já passou por diversas releituras na DC. No entanto, a nova fase da editora que terá início em 2021 promete chamar bastante atenção nesse sentido. Ainda há poucas informações, mas o que se sabe até o momento é que se chamará DC Future State e que as histórias se passarão no ano de 2030.

Entre as novidades dessa fase, está a nova Mulher-Maravilha que dessa vez terá uma origem mais humana. Nascida na Amazônia, Yara Flor é uma indígena que herdará o legado de Diana. Em entrevista ao IGN, o editor Jamie S. Rich comentou que Yara tem conexões com as amazonas. “Ela é brasileira, mas ela também é uma imigrante nos Estados Unidos. Isso é um elemento importante na história dela. Mesmo que nós vejamos ela atualmente como a Mulher-Maravilha, eventualmente vamos conhecer sua origem, com ela descobrindo o que isso significa e de onde ela veio, porque ela é a nova Mulher-Maravilha, como ela se relaciona com Diana e como ela se relaciona com as outras Amazonas”, explica.  Criada por Joëlle Jones, responsável tanto pela arte como pelo roteiro, ela estará presente em sua revista solo “Future State: Wonder Woman”; em Future State: Superman/Wonder Woman, de Dan Watters e Leila del Duca; Future State: Justice League de Joshua Williamson e Robson Rocha.

Isso não é tudo. Descobriu-se recentemente que a modelo e atriz Suyane Moreira foi referência visual para criar a personagem, uma informação que foi confirmada pela própria criadora em conversa com um fã da atriz. Curiosamente, Suyane já tentou ingressar no mundo das adaptações de quadrinhos. Em entrevista concedida ao G1, ela conta que fez testes para interpretar uma personagem em X-Men 3: A Batalha Final.

Fonte: Terra

Um outro detalhe bem interessante que se relaciona de um certo modo com essa história ocorreu em 2017, mais precisamente alguns meses antes da estreia do filme da Liga da Justiça. Naquele ano, o desenhista Tamie Gedelha criou versões indígenas para os integrantes do grupo. Sua Mulher-Maravilha chamou atenção não só pela beleza do traço, mas também por ressaltar o aspecto guerreiro da super-heroína. Ele comentou sobre isso e muito mais em entrevista concedida ao site Mulher Real. Fica a dica e também a oportunidade de conhecer mais sobre o seu trabalho. 

Enfim, não se sabe por quanto tempo Yara Flor permanecerá nas publicações da DC. Fica a expectativa para que ela caia na graça do público e não no limbo do esquecimento, assim como já aconteceu com muitos outros personagens nos vários reboots e crises da editora. De qualquer forma, essa novidade chegou na hora certa e inova o histórico da Mulher-Maravilha original. Que esse seja apenas o começo de um futuro glorioso como o de Diana Prince.

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Olhar Literário é uma coluna escrita por Marcus Alencar. Marcus é redator no site Leituraverso e um dos hosts do podcast Leituracast

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Marcus Alencar

"Palavras importam! Uma morte, uma ondulação e a história mudará em um piscar de olhos"

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