Após uma espera de dois anos, A Roda do Tempo retorna para seu segundo ano expandindo a jornada de seus personagens na luta contra as forças do Tenebroso. E mesmo que não seja exatamente como nos livros, o resultado é tão satisfatório quanto no material de origem.

Depois dos acontecimentos da primeira temporada, o grupo de amigos está espalhado pelo mundo, cada um com uma missão diferente. Nynaeve (Zoe Robins) e Egwene (Madeleine Madden) prosseguem com o rigoroso treinamento das Aes Sedai em Tar Valon; Perrin (Marcus Rutherford) está na busca pela Trombeta de Valere; Mat (Dónal Finn) ainda é dado como desaparecido e Rand (Josha Stradowski) vive escondido em Cairhien na companhia da misteriosa Selene (Natasha O’Keeffe). Enquanto isso, Moiraine (Rosamund Pike) trava sua própria batalha para ajudar o Dragão Renascido a vencer as forças das Trevas.

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A segunda temporada de A Roda do Tempo adapta os acontecimentos mostrados no segundo volume da saga escrita por Robert Jordan, A Grande Caçada. Porém o roteiro segue seus próprios passos para, ao final, parar no mesmo ponto da obra original. Sendo justo, alguns elementos ficam bem melhores na série de TV graças a escolhas acertadas dos produtores. Seja com mudanças de contexto, de cenário e até mesmo de personagens, isso acrescenta uma carga dramática maior que a do livro de Jordan.

O desenvolvimento dos protagonistas é outro ponto de melhora. Rand ainda carece de carisma, mas está se encaminhando para se destacar futuramente. Mat e Perrin têm seus momentos, porém ainda discretos. Contudo, quem rouba a cena nessa temporada são as personagens femininas, especialmente Egwene e Nynaeve. Ambas passam por situações que exigem o máximo delas, explorando todo o seu potencial e prometendo muitas surpresas daqui para frente. Em paralelo, temos um vislumbre da determinação de Moiraine e até onde ela está disposta a ir para alcançar suas metas.

Novos núcleos e personagens são inseridos, incluindo os misteriosos Seanchan. Apesar de representarem grande ameaça, suas origens e objetivos são mal apresentados, assim como ocorre no livro. Até que mais detalhes sobre eles sejam revelados, temos apenas que entender que são inimigos poderosos a serem temidos.

Dois pontos de destaque na produção do Prime Video são a qualidade do CGI e a fotografia belíssima que contribuem para a grandiosidade das cenas e o impacto que elas pretendem causar. Tanto nas batalhas quanto na apresentação dos cenários, esses elementos são de grande importância para o envolvimento com a trama.

E falando em batalhas, as cenas de ação são executadas com precisão e cuidado para empolgar e surpreender ao mesmo tempo. A violência presente é suficiente para chocar, mas não é tão exagerada a ponto de parecer gratuita.

A segunda temporada de A Roda do Tempo mostra que os produtores e roteiristas querem imprimir sua própria identidade ao programa. Porém os caminhos diferentes que a série percorre acabam chegando no mesmo lugar da obra original e não comprometem sua qualidade.

Assista ao trailer:

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A Roda do Tempo (2ª temporada)

8.0 Ótimo!
  • Nota 8
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Mozer Dias

Engenheiro por formação, mas apaixonado pelo mundo da literatura e do cinema. Se eu demorar a responder, provavelmente estou ocupado lendo ou assistindo a um filme.

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