Inspirador e ao mesmo tempo complexo, o amor possui diversas facetas. A mais conhecida delas é a romântica que se dá em relacionamentos entre homens e mulheres, mas engana-se quem pensa que fica restrito só a isso. Se você já teve curiosidade de ler reflexões que desvendem os vários lados desse sentimento a coletânea AmoreZ, de Regiane Folter, é uma leitura mais do que indicada.

No livro, contos e crônicas descrevem o sentimento mais diverso de todos e por que vale a pena amar. Em cada texto, os leitores descobrirão amores que vão de A a Z. São histórias do dia a dia que fazem pensar como o amor nasce em nós, nos transforma e às vezes transborda.

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Logo nas primeiras linhas de seu livro, mais especificamente em seu prefácio, Regiane nos lembra a existência de diferentes amores na vida da gente e o quanto esse sentimento universal conecta todos nós. Com isso em mente é fácil imaginar que suas histórias podem tocar pessoas de qualquer parte do mundo. Essa sensibilidade na abordagem do tema não é a única qualidade de AmoreZ que desde o início aguça a curiosidade do leitor. Só nessa leitura inicial o mesmo se vê preso na ansiedade de conhecer a forma como a autora desenvolveu suas ideias através de diferentes formas narrativas.

Em Aceitação, por exemplo, encontramos um primeiro ensaio de poucas e necessárias palavras sobre amor-próprio. Apesar da rápida leitura o pequeno texto dá a quem lê um presente na forma de palavras que muitas vezes esquecemos de meditar a respeito em momentos quando a autoestima não está boa. Curiosamente, algumas páginas depois temos em Despedidas uma crônica que traz um olhar sobre partidas e as jornadas cheias de transformações que elas nos levam. Em um primeiro momento talvez não haja uma conexão exata entre os textos, mas, por outro lado, fica o desafio de refletir sobre a necessidade de passar por um processo de primeiro se aceitar e depois partir em busca de novas histórias. Nesse aspecto, vale dizer que conexões indiretas como essas tornam a experiência de ler AmoreZ muito mais interessante do que se pode imaginar.

Outro caso que também merece ser citado está em Cheiro. Com um ar nostálgico e utilizando uma descrição detalhista e sensorial a personagem mostra como ama até os pequenos detalhes do seu amado. Em Nostalgia, temos uma história de como o sentimento do título pode ser visto através de outra ótica nos ajudando a lidar com o luto. Em momentos como o atual no qual muitas pessoas precisam lidar com isso o texto pode ter o impacto de um conselho tão necessário.

Com esses poucos destaques duas afirmações podem ser feitas. A primeira é que Regiane Folter ousou na exploração de possibilidades da sua imaginação e criatividade em seu primeiro livro. A segunda é que não há dúvidas que AmoreZ é muito mais do que apenas uma indicação para desvendar as diferentes facetas do amor. Na verdade, trata-se de uma publicação em que a poesia de um olhar único mostrou a importância de amar cada vez mais.

“Amor existe sim, em muitos formatos, e sou grata por poder amar de distintas formas.” (Sororidade)

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Marcus Alencar

"Palavras importam! Uma morte, uma ondulação e a história mudará em um piscar de olhos"

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