As animações recentes da DC cairam muito em sua qualidade técnica nos últimos anos. A maioria adapta arcos da linha Novos 52, enquanto outros apostam em sagas clássicas. Recentemente tivemos o longa animado Gotham City 1889: Um Conto de Batman que levava as telas o conceito explorado no selo Linha do Tempo, que reimaginava os heróis da editora em diferentes contextos. Uma coisa semelhante é feita nesta nova animação, mas a diferença é que a maiorias dos nomes envolvidos no projeto são japoneses, já que a ideia é fazer um anime do Cavaleiro das Trevas. 

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Gorila Grodd criou uma máquina do tempo e planeja ativá-la no meio do Asilo Arkham, mas obviamente Batman tenta impedi-lo. No meio do embate o maquinário sofre uma avaria e acaba transportando toda a estrutura, e os que estavam dentro dela, para o Japão Feudal. Agora Batman e seus aliados precisam concertar os estragos feitos à linha temporal e voltar para o futuro.

Se no primeiro parágrafo eu disse que a qualidade técnica das animações da DC vem caindo,agora preciso dizer que vi um longa animado de alto nível, tanto no traço, direção e arte. Por mais que o roteiro fosse um lixo, você pelo menos teria alguns quadros incríveis na tela e visuais espetaculares dos personagens da mitologia do Morcego neste período histórico.

Kazuki Nakashima escreve o roteiro desta aventura e seu objetivo é fazer uma grande aventura/brincadeira/homenagem com o arcabouço do Batman e toda a cultura pop japonesa. Espere ver ninjas, samurais, robôs gigantes, magia e todo o tipo de coisa que permeia a cultura nerd japonesa. Por vezes a trama perde o fio da meada e cai num exagero que flerta com o ridículo, mas ainda sim é uma reimaginação muito divertida para quem adora Batman e animes.

A direção de Junpei Mizusaki é espetacular, mas é claro que ele tem uma equipe de animação e arte de primeira linha. Dá vontade de fazer pôsteres de diversos momentos e cenas do anime para colocar na parede do seu quarto. É muito divertido ver como os personagens que já conhecemos neste novo contexto. A ação tem ótimos momentos e realmente empolga quando a história não se perde nas homenagens.

Esta não é uma obra prima e nem tenta ser. Uma chance dos fãs do Batman em ver seu herói numa nova versão e uma chance também dos fãs de anime verem uma equipe japonesa trabalhando com o material norte-americano. Que as animações da DC continuem apostando nestas ideias inusitadas, mesmo que elas não sejam geniais, pois são criativas e trazem certo frescor ao tema.

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Raul Martins

Autor dos livros Cabeça do Embaixador e Onde os sonhos se realizam

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