Já olhou para uma pessoa e pensou: o que passa na cabeça dela?” Responder essa pergunta não é uma tarefa fácil já que um turbilhão de fenômenos acontece em nosso cérebro em menos de um segundo. Mesmo assim, Divertida Mente tenta responder essa questão de forma singela, divertida e emocionante, como apenas as animações da Pixar conseguem fazer. 

A trama de 2015 nos coloca literalmente dentro da cabeça de Riley e nos mostra como seu dia a dia é regido por suas emoções: Alegria, Raiva, Nojinho, Medo e Tristeza. Cada uma delas tem a sua função dentro da mente da garota e se manifesta de acordo com os acontecimentos. Mas, de repente, a vida perfeita da menina de 11 anos vira de cabeça para baixo quando ela se muda com os pais para uma cidade nova. Depois disso, o trabalho das emoções no interior da cabecinha dela se torna bem mais complicado. 

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Algumas mudanças são bem-vindas, porém muitas vezes reagimos mal a elas. Ser retirado de nossa zona de conforto e nosso mundinho perfeito provoca reações mentais bem peculiares que são difíceis de definir em palavras. E da mesma forma que isso é um desafio para os adultos, também é igualmente ruim (ou até pior) para as crianças. 

O grande mérito de Divertida Mente é ilustrar o que se passa com os sentimentos e as emoções de uma criança ao enfrentar momentos desagradáveis de mudança e amadurecer no processo. Através de uma animação belíssima e personagens cativantes, somos conduzidos por essa história criativa que nos mostra de maneira bem clara e descontraída um assunto tão delicado. 

De acordo com a interação entre as emoções, conseguimos nos identificar com muitas das situações pelas quais Riley passa mesmo sendo adultos, inclusive como lidar com a frustação, a perda da inocência e aceitar a tristeza. Isso faz com que a obra seja atrativa para o público infantil graças ao humor e aos desenhos bonitinhos, mas que tenha um forte apelo junto aos mais velhos principalmente. Assim, percebemos que nossas ações não podem se basear em apenas uma emoção por vez, sendo algo bem mais complexo. 

Para quem assistir à produção na versão dublada, fica a surpresa quanto à boa qualidade do trabalho feito pelo elenco de famosos, mesmo que a escolha divida opiniões. A atriz Miá Mello dá voz à Alegria; a Tristeza é dublada por Katiuscia Canoro; o Medo, por Otaviano Costa; a Nojinho fica com Dani Calabresa; e Leo Jaime surpreende interpretando a Raiva. Eles se encaixam tão bem nos papéis que garantiram retorno para a sequência de 2024

Sejam crianças ou adultos, para cada fase da vida existe essa confusão de sentimentos que muitas vezes é difícil de entender. Mas em apenas uma hora e meia de duração, Divertida Mente nos faz compreender um pouquinho melhor como cada emoção influencia a maneira como reagimos aos diversos imprevistos e contratempos que surgem ao longo de nossa trajetória.

Assista ao trailer:

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Divertida Mente (2015)

10.0 Excelente!
  • Nota 10
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Mozer Dias

Engenheiro por formação, mas apaixonado pelo mundo da literatura e do cinema. Se eu demorar a responder, provavelmente estou ocupado lendo ou assistindo a um filme.

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