Tijolômetro – Madame Teia (2024):

Péssimo!

Para capturar sua presa, uma aranha monta uma armadilha de forma estratégica e ardilosa. Quando essa é pega não há escapatória. Essa introdução é apenas para te alertar sobre o que acontecerá com o seu tempo ao assistir Madame Teia, o primeiro fracasso da Sony em 2024.

Caso resolva desperdiçar quase duas horas do seu dia, fica então o convite para conhecer a história de Cassandra Webb (Dakota Johnson), uma paramédica que descobre ter poderes de clarividência após um acidente no seu trabalho. Forçada a confrontar revelações sobre seu passado, ela forja uma relação com três jovens destinadas a futuros poderosos que são perseguidas por Ezekiel Simms (Tahar Rahim), um homem obcecado em matar cada uma delas a qualquer custo.

Antes de comentar a premissa de Madame Teia, vale destacar o que ela poderia ter sido: uma espécie de versão de Exterminador do Futuro com o bebê Peter Parker (inserido na história de forma aleatória) no lugar de John Connor. Se fosse esse o caminho escolhido o resultado poderia ser um trilher de suspense com ficção cientifica envolvendo perseguições, mistérios e um assassino misterioso. Não seria inovador, mas seria bem melhor do que o desastre que chegou aos cinemas no início do ano.

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Infelizmente, a direção escolheu a pior trama possível e ainda apostou em uma fórmula já gasta em praticamente todas adaptações de quadrinhos: o vilão com poderes parecidos aos da protagonista. É como se preferissem seguir o exemplo do grande clássico da ruindade, Morbius, cujo roteiro também contou com a “colaboração” de Matt Sazama e Burk Sharpless.

Como desgraça cinematográfica pouca é bobagem, Madame Teia vai além no quesito excremento audiovisual. O longa introduz personagens femininas que possuem poderes e visuais interessantes, mas ao invés de aproveitar seu potencial prefere transformá-las em adolescentes com atitudes sem sentido e carisma. Ainda bem que as atrizes conseguiram se safar e encontrar trabalhos melhores para salvar seus carreiras desse fiasco.

Enfim, se após essas palavras ainda restar algum interesse nesse filme, fica a recomendação para se arriscar a dar uma olhada um dia antes da estreia de Kraven, o Caçador. Desse modo você saberá o quão longe um estúdio poderá ir em seu plano maligno de tomar o dinheiro do público com produções clichês, genéricas e sem sentido.

Assista ao trailer:

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Marcus Alencar

"Palavras importam! Uma morte, uma ondulação e a história mudará em um piscar de olhos"

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