No livro O Purgatório Mental, o escritor Henrique Medeiros apresenta para os leitores uma história com muito suspense, drama e paranoia. Tudo começa quando um homem atormentado se encontra perdido e sem memória em uma perigosa floresta. Neste ambiente inóspito, ele precisa lutar contra seus medos e sua ansiedade nervosa para desvendar os mistérios que o rodeiam. Como se isso não fosse o bastante, ele ainda precisa descobrir se está em um sonho ou sofrendo uma penitência no próprio inferno.

Sobre a trama, o primeiro destaque fica por conta da amnésia do protagonista. Este simples fato faz com que toda sua trajetória seja conduzida por seus instintos naturais. Entre esses, o de julgar tudo ao seu redor sem qualquer reflexão. Por conta de características como essas, temos a oportunidade de acompanhar o seu desenvolvimento como um todo desde a descoberta do próprio nome até o resgate de sua própria identidade. Desse modo podemos também fazer um comparativo com seu passado, o que intensifica ainda mais o fim da sua jornada.

Aliás, não é spoiler dizer que se trata de uma história de redenção. Segundo o significado literal, purgatório é o local onde as almas pecadoras passam por uma espécie de castigo temporário antes de irem para o paraíso. Mesmo com este sentido religioso, Henrique cria algo interessante com foco na questão psicológica. A todo momento, somos lembrados dos questionamentos morais do seu personagem principal. Seus pensamentos, sejam de dúvida ou culpa, vão ficando cada vez mais intensos. E isso é bem conduzido com doses equilibradas de drama e suspense.

Tudo isso é feito com uso da narrativa em primeira pessoa. O uso desse recurso agrada por vários motivos. Entre eles, a utilização de uma linguagem informal na comunicação deste “homem atormentado”, o que dá ao seu relato um aspecto de verossimilhança. Graça a um detalhe simples como esse, o leitor terá mais facilidade para se importar com ele.

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Por outro lado, isto também é uma faca de dois gumes já que há um uso excessivo de palavrões por parte do personagem principal. Além disso, o livro também perde um pouco de sua qualidade com erros ortográficos. É fundamental que haja muito cuidado em questões como essas para futuros leitores não desistam de conhecer uma história bem contada como essa.

Enfim, se você procura uma experiência literária prazerosa “O Purgatório Mental” pode ser uma boa opção.

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Marcus Alencar

"Palavras importam! Uma morte, uma ondulação e a história mudará em um piscar de olhos"

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