Se existe uma coisa impressionante no mundo do mangá e do anime é a incrível capacidade que eles têm de fazer histórias com qualquer tema. Temos desde os estilos mais clássicos como samurais, robôs gigantes e porradaria até coisas relacionadas a esportes, cozinha e até mesmo bandas. O anime de hoje extrapola todas essas ideias e consegue criar uma incrível história sobre… nada.

Sakamoto é um misterioso estudante que chega ao colégio e ninguém sabe de onde ele veio.  Além de ser extremamente bonito, e chamar a atenção de todos, faz tudo de forma perfeita e estilosa. Quando eu digo tudo, é tudo mesmo! Sakamoto consegue tirar o lixo de forma que as pessoas desmaiam de emoção por ver algo tão incrível. O anime é basicamente isso. Diversas situações onde vemos pessoas ao redor de Sakamoto querendo destruí-lo, devido a inveja, ou se aproximar dele, devido a admiração profunda.

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Vale dizer que o mangá saiu pela Panini, mas aqui eu só falarei da animação que possui 12 episódios onde cada metade de episódio conta uma historinha. De modo geral, toda a narrativa se passa no âmbito escolar, onde vemos alunos e professores lidando com o fato de conviverem no mesmo ambiente que o espetacular Sakamoto. Para quem já está minimamente ligado ao universo da cultura pop japonesa, irá achar esse anime hilário. Ele brinca com todos os clichês de “golpes especiais”, poses exageradas e excesso de drama.

Antes de qualquer coisa é preciso falar que Sakamoto se trata de pura comédia, então não estranhe essa sinopse. O propósito dele é ser exagerado a ponto de ficar ridículo ao relatar situações completamente mundanas. Acredito que é o tipo de obra que vai agradar o público cativo de anime e os que ainda não são, pois o humor dele é tão simples e tão genial, que não tem como não ficar cativado com o pequeno universo criado ao longo desses doze episódios.

O mais criativo desse anime são as situações criadas e como é feito para que elas se tornem épicas. Uma borracha caindo no chão vira uma técnica ninja super poderosa. Sakamoto acaba funcionando como uma espécie de elemento narrativo e nunca é o principal da trama. O interessante é ver como as pessoas são afetadas devido à presença da pessoa mais descolada de todos os tempos. Outra coisa inteligente é o fato da obra não se estender mais do que deveria, pois apesar de ser uma piada divertida, se ela fosse estendida demais poderia ficar maçante. Os fãs de One Punch Man podem achar diversas semelhanças, pois o conceito base é bem parecido. Os dois protagonistas são pessoas incrivelmente boas e resolvem tudo de forma fácil e incrível, e isso acaba virando uma grande piada.

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Raul Martins

Autor dos livros Cabeça do Embaixador e Onde os sonhos se realizam

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