Mãe é um dos seres mais sagrados de todos os tempos. Basta xingá-la que o caos se instala em qualquer ambiente. Elas acabam sendo o exemplo mais primal de segurança, sapiência e amor incondicional. Não é a toa que muitas delas estão presentes em todas as histórias do mundo, seja nas mitologias mais antigas ou em um filme que saiu ontem. Até mesmo quando vamos contar a história de origem de um personagem, é necessário recorrer às suas origens mais básicas, o que pode significar falar de sua mãe. Uma boa quantidade delas marcou presença na cultura pop e o objetivo desta lista é falar de algumas dessas figuras queridas que umas são as próprias protagonistas ou que criaram os maiores protagonistas de todos os tempos.

Sarah Connor

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Um dos maiores exemplos de todos no que diz respeito à mãe protagonista, todo o conceito da história desta personagem é sobre ela ser mãe de uma figura extremante importante e, por causa disto, ela acaba se tornado uma espécie de protagonista. Sarah é a mãe do grande líder da resistência contra a guerra que decidiria quem, entre humanos e máquinas, vai dominar o mundo. No primeiro filme da série, ela acaba sendo uma figura mais passiva diante da perseguição desenfreada para escapar do terrível Exterminador. No segundo filme, vemos a gigantesca transformação onde Sarah se torna uma figura guerreira, em todos os sentidos. Vemos de forma mais forte a relação mãe e filho e como ela é fundamental para o destino da humanidade. De certa forma Sarah não é mãe só de John, mas de toda a vida na terra pós a rebelião das máquinas.

Ripley  

Outra série de ficção cientifica que trabalha com o conceito de mãe. No primeiro filme isso não é tão evidente, pois o simbolismo do Alien é muito mais de uma figura invasora do que qualquer outra coisa. Já no segundo filme Ripley assume verdadeiramente o papel de uma mãe quando descobrimos que ela perdeu sua filha na Terra e acaba ganhando uma nova no planeta colônia que fora investigar. Mais um filme que fala muito sobre proteger a vida e o papel de mãe no sentido mais irado que você pode imaginar. Isso é levado ao limite no final do segundo filme quando Ripley se depara com a Alien mãe. No terceiro filme esse conceito continua a ser trabalhado, mas de forma mais agressiva e aterrorizadora. Aproveite que já está aqui e de uma olhada nos nossos textos sobre Alien

Lílian Evans Potter

Harry Potter é uma das sagas mais importantes do final do século e provavelmente um novo clássico da humanidade. Grande parte da história de Harry se baseia no fato dele ser órfão. Então por que sua mãe, uma figura que quase não aparece, está nesta lista? Ao longo dos livros descobrimos que o fato de Harry ter sobrevivido ao ataque de Voldemort é justamente um ato de sua mãe. Ela usa todas as suas forças para proteger Harry e faz o sacrifício definitivo e final para que seu filho continue vivo. Além disso, ela é relevante em diversos outros momentos quando vamos desencavando o passado dos pais de Harry e a importância deles no universo bruxo como um todo. Lílian, por exemplo, fez parte da primeira Ordem da Fênix durante a primeira Guerra Bruxa. Suas aparições/citações mais diretas estão em Pedra Filosofal, Cálice de Fogo e Relíquias da Morte.

Tia May

“Raul você esta maluco? Ela não é mãe do Peter Parker”. Como já diz o ditado popular: mãe (ou pai) é quem cria. Isso se encaixa perfeitamente neste exemplo. May, e Ben Parker, criaram seu sobrinho Peter por toda a vida exatamente como se ele fosse filho deles. Com a morte de Ben toda a vida de Peter se modifica e May acaba se tornado o seu único referencial de família. Em diversos momentos ela é utilizada como um elemento de roteiro para movimentar o herói, geralmente a colocando em perigo nas mãos de algum vilão. Já até falei aqui, no texto de Traumas do Homem Aranha, sobre as vezes que ela morreu, mas após as baboseiras dos anos 90 ela se tornou uma figura mais madura e interessante. Ela deixou de ser só uma velhinha em apuros e se tornou ativa e com personalidade, até mesmo se casou depois de anos sozinha, mostrando que a terceira idade não é o fim da vida.

Hipólita

Conhecida na DC como a mãe da Mulher Maravilha e rainha da ilha de Temiscira. Na realidade ela também não se enquadraria no sentido clássico de mãe, pois na fase clássica de George Pérez (após a Crise das Infinitas Terras) ela molda a jovem Diana a partir do barro, que com a benção dos deuses a estátua de barro toma vida e vira um ser humano. Na versão Novos 52 a Mulher Maravilha é filha de Hipólita e Zeus. Em qualquer uma das versões ela é fundamental para a manutenção da ilha de Temiscira e se preocupa muito com a segurança de sua filha quando ela parte para o mundo do patriarcado como embaixadora.

Rochelle Rock

Um clássico da TV aberta brasileira, apesar de ser uma série americana. Acompanhamos a vida de Chris, um garoto de família humilde em Nova York durante os anos 80. Na série “Todo mundo odeia o Chris” todos os membros da família são personagens hilários e Rochelle é um dos mais marcantes. Suas frases de efeito são marcantes e provavelmente você já esbarrou com elas em algum canto na internet, como: “Meu marido tem dois empregos“. Ela acaba sendo um exemplo clássico da mãe que tenta criar uma família com uma condição financeira melhor do que a que ela mesma teve, e justamente por isso acaba se preocupando demais com questões monetárias, mas tudo pro que se preocupa com seus filhos.

Dona Florinda

Outra série que não é brasileira, mas foi tão abraçada pelo nosso povo que acabou virando um elemento da cultura nacional. Chaves é uma espécie de entidade da televisão e Dona Florinda é a representação da mãe decadente da classe média que vive de uma glória de um marido que já morreu. Ela está ali para representar uma pessoa que não aceita que é tão pobre quanto todos os seus vizinhos. É totalmente passional quanto se trata de seu filho Kiko.

Norma Bates

Psicose é um dos clássicos absolutos do cinema com a direção de Alfred Hitchcock. No primeiro filme Norma não chega a aparecer de forma literal, mas sim como uma espécie de personalidade dentro da cabeça de Norman (seu filho). Entretanto, a série Bates Motel mostra o passado dessa bizarra família onde vemos, finalmente, quem era essa mãe e porque ela era uma figura tão terrível. O programa dividiu opiniões, alguns acham um caça níquel, enquanto outros verdadeiramente se empolgam com o suspense de cada episódio. A série é composta por 5 temporadas.

Dana Scully

Ela já apareceu aqui na lista de 8 grandes médicos da cultura pop (que você pode ler aqui). A partir do momento em que ela é abduzida, na série Arquivo X, a maternidade se torna um elemento extremamente importante em sua história. Acompanhamos todo o sua gestação e, por fim, o nascimento de seu filho. A série pode não ter tido um dos melhores encerramentos, mas como era impossível não se conectar com Dana. Ninguém conseguia largar a série até descobrir os segredos por trás de seu filho e o destino que os óvulos da personagem tiveram depois da abdução.

 Mulher Elástica 

As animações da Pixar são quase todas clássicos modernos. Um deles é “Os Incríveis” onde encontramos a Mulher Elástica, a mãe da família protagonista. Ela passa pelo problema clássico da mulher casada  que tem seu casamento sendo gradativamente desgastado e ainda por cima tem que cuidar de três filhos. O uso de seus poderes é super criativo e sua personalidade é bem rica. Ser mãe é uma parcela importante de sua vida, mas não a  define por completo. 


Mãe é um assunto tão abrangente que acabei deixando de fora uma boa quantidade delas. Tentei focar em figuras que tinham a maternidade como ponto verdadeiramente relevante em suas histórias, que significasse algo e não só um detalhe no meio de diversas outras coisas. 

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Raul Martins

Autor dos livros Cabeça do Embaixador e Onde os sonhos se realizam

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