Aviso de spoilers: este texto podem conter algumas surpresas para você que ainda não viu Agente Carter (1º e 2º temporada), Agentes da Shield (4º e 5º temporada), The Gifted (1º temporada) e Punho de Ferro (2º temporada).

Elas são poderosas, perigosas e mortais. Podem alterar a realidade, manipular energias sombrias, ter habilidades variadas e até controlar seus pensamentos. Antes que nomes sejam revelados, é preciso avisar que neste artigo não haverá espaço para o heroísmo. Agora, o foco está totalmente voltado para as mulheres que já apresentaram alguma ameaça nas séries da Marvel. Não todas, apenas as melhores vilãs.

Para início de conversa, vamos voltar no tempo para uma época em que um certo primeiro vingador estava congelado. Na primeira temporada de Agente Carter, tivemos a oportunidade de conhecer Dottie Underwood (Bridget Regan) que logo nos primeiros episódios apresentou uma qualidade em suas técnicas de luta similar à de Natasha Romanoff. Apesar de não ter nascido nos quadrinhos, a sua participação na série serviu para mostrar o começo do programa de treinamento russo que deu origem a Viúva Negra. No episódio “The Blitzkrieg Button”, há inclusive uma cena que remete a estreia da Viúva em Homem de Ferro 2. Por isso, fica até a expectativa que uma personagem como essa seja resgatada no futuro filme solo da Viúva Negra. Os fãs com certeza não iriam reclamar.

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A próxima da lista apareceu no segundo e último ano de Agente Carter: Madame Máscara. Nos quadrinhos, ela é conhecida como inimiga do Homem de Ferro e usa uma máscara de ouro. Na série, os produtores criaram sua própria versão “anos 40” da vilã que atende apenas pelo nome de Whitney Frost (Wynn Everett). Ela é uma atriz famosa e também um gênio cientifico. Durante testes nucleares da Isodyne, empresa do seu marido, um acidente acontece e ela é consumida pela Darkforce. Para quem não conhece, trata-se de uma energia sombria que faz parte do universo das histórias do Doutor Estranho. Após aprender com facilidade a manipular esse poder, ela mata quem tenta ofuscar seus planos de expansão dessa energia ao mesmo tempo que vai tendo seu rosto desfigurado por conta da forma como a Darkforce afeta seu corpo. Além de dar muito trabalho para Peggy Carter mais uma vez salvar o mundo, a sua participação serviu para referenciar o vilão Blecaute que havia aparecido em “The Only Light in the Darkness” na primeira temporada de Agentes da Shield.

Ainda no universo de agentes secretos, temos também um outro tipo de vilã. Essa em especial tem uma particularidade já que de início se apresentou como uma aliada para depois evoluir como uma inimiga inesperada. Seu nome é Artificial Intelligence Data Analyser mas você pode chamá-la de AIDA (Mallory Jansen). Ela é um Modelo Artificial de Vida (MVA) criada pelo Doutor Radcliffe (John Hannah) para ajudar os agentes da Shield, o que aconteceu por um tempo até ela ter contato com o Darkhold que nada mais é que um livro com segredos de toda magia negra conhecida. Aos poucos, de forma fria e calculista ela foi construindo os seus planos que fizeram com que a equipe comandada por Coulson fosse presa em uma espécie de realidade virtual no qual a Hidra reina de forma soberana. Nesta realidade, ela é conhecida como Madame Hidra. Uma das cabeças dessa organização criminosa capaz de matar e manipular sem a menor dificuldade. Um detalhe interessante é que seu personagem acaba sendo uma espécie de amálgama que une uma personagem das HQs do Esquadrão Supremo com uma vilã do Capitã América. Para mais explicações, sugiro este artigo do site Armadura Nerd.

Um exemplo parecido pode ser encontrado em The Gifted. A série que é ambientada no universo dos X-Men trouxe uma gama interessante de personagens mutantes. Entre eles, está Esme Frost (Skyler Samuels). Se você conhece a conhece das HQs sabe que o sobrenome “Frost” não está ali por causa já que elas possuem uma ligação especial com Emma Frost que, por muitos anos, foi conhecida como inimiga do grupo comandado por Charles Xavier. Na série, Esme faz exatamente o que é esperado de uma vilã com poderes telepáticos. Invade pensamentos, controla as ações da resistência mutante de forma sutil e instala o caos com facilidade. Isso fica ainda mais intenso quando se descobre que ela é uma das irmãs Stepford, também conhecidas como as Cuckoos. 

Por último, fica a citação de mais uma vilã extremamente perigosa que foi introduzida na segunda temporada de Punho de Ferro. Na série, Mary Walker (Alice Eve) roubou a cena em vários momentos. Possui uma mente dividida em várias personalidades, o que a torna instável e de certo modo pouco confiável para se ter como aliada em casos de extrema necessidade. Só para citar um grande momento dela, fica a lembrança de como derrotou o Punho de Ferro de forma rápida e certeira além de ser aquela que permitiu que ele tivesse o poder roubado de seu ex-amigo Davos (Sacha Dhawan). Um detalhe curioso é que nos quadrinhos, ela é conhecida como inimiga do Demolidor e se chama Mary Tyfoid. Pena que dificilmente teremos a oportunidade de ver ela confrontando o defensor de Hell´s Kitchen em sua série.

Enfim, fica a expectativa para que personagens assim continuem a surgir e ser bem utilizadas em tramas que realmente funcionem, diferente do que aconteceu com Os Defensores em que a Elektra se tornou “a grande ameaça” no final das contas. O que, é claro, não é motivo para perder as esperanças já que sempre podemos nos surpreender com a forma que as vilãs são adaptadas para outras mídias. Prova disso são esses exemplos que se destacaram nesses últimos anos que tanto na tv como no streamming mostraram o quão perigosas podem ser quando o assunto é vilania.

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Olhar Literário é uma coluna escrita por Marcus Alencar. Marcus é redator no site Leituraverso e um dos hosts do podcast Leituracast

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Marcus Alencar

"Palavras importam! Uma morte, uma ondulação e a história mudará em um piscar de olhos"

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