Com um atraso de mais de dois meses com relação ao Japão, o novo filme da franquia Dragon Ball finalmente chega aos cinemas brasileiros. Dragon Ball Super: Super Hero resgata diversos elementos clássicos do anime e consegue aliar um sentimento nostálgico com novidades que abrem muitas possibilidades para futuro de personagens que até então estavam em segundo plano.

Depois de anos, a Força Red Ribbon volta a se reerguer em busca de vingança contra Goku e seus amigos. Com a ajuda do Dr. Hedo, o exército vermelho constrói dois novos androides, atualizados, muito mais poderosos e que acreditam ser super-heróis: Gamma 1 e Gamma 2. Como seu pai está treinando em outro planeta, cabe a Gohan e Piccolo protegerem a Terra dessa nova ameaça, porém a falta de treinamento de Gohan pode tornar as coisas mais difíceis.

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Um dos principais acertos de Dragon Ball Super: Super Hero é apelar para a nostalgia dos fãs da franquia. Isso fica evidente com o ressurgimento da Red Ribbon – a primeira organização inimiga de Goku quando ele ainda era criança – que também fez uma aparição na saga dos Androides e na do Cell. Contudo, o roteiro vai além e aproveita a extensa obra para resgatar personagens e técnicas que nem eram mais mencionados. Sobra espaço até para os fãs de Dragon Ball GT relembrarem Pan, a neta de Goku que nesta nova história tem apenas três anos.

Mas ainda que o filme tenha essa pegada saudosista, a trama se propõe a dar um novo caminho para dois personagens queridos do público que estavam em segundo plano há bastante tempo. Piccolo e Gohan passam a ser o centro das atenções e assumem a responsabilidade de salvar o dia. Mesmo que ainda exista a dinâmica de mestre e discípulo entre eles, ambos compartilham o protagonismo, enquanto Goku e Vegeta são coadjuvantes com pouco tempo de tela.

Esse é o primeiro longa-metragem de Dragon Ball com animação totalmente em 3D, algo que estava gerando controvérsias antes da estreia. Porém o resultado é muito satisfatório, visto que a qualidade dos traços, principalmente durante as cenas de ação, é elevada. As batalhas continuam empolgantes e os gráficos em CGI tornam a agilidade e o dinamismo das lutas ainda melhor, mantendo a qualidade do começo ao fim.

É quase certo que esta obra pode ser considerada canônica dentro dos acontecimentos do anime, até porque os personagens de Dragon Ball Super: Brolly também aparecem, dando continuidade ao que foi apresentado no filme anterior. Por isso, podemos considerar que os novos personagens que estão surgindo agora – muitos com potencial – serão reaproveitados futuramente.

Dragon Ball Super: Super Hero é o fôlego que a franquia estava precisando para renovar as energias, pois resgata velhos ingredientes da história e acrescenta novos. Sem dúvidas, essa foi uma ótima forma de tirar dos ombros de Goku e Vegeta o protagonismo em todas as batalhas relevantes e mostrar que a Terra pode ter outros protetores.

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Dragon Ball Super: Super Hero

8.5 Ótimo!
  • Nota 8,5
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Mozer Dias

Engenheiro por formação, mas apaixonado pelo mundo da literatura e do cinema. Se eu demorar a responder, provavelmente estou ocupado lendo ou assistindo a um filme.

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