Tijolômetro – Operação Natal (2024):

Muito bom!

O ano está chegando ao fim e isso quer dizer que a temporada de filmes natalinos está aberta! Independentemente do gênero, já virou uma tradição produções que exploram essa data e a imagem do bom velhinho de roupa vermelha. E em 2024, um dos títulos que se destacam dentro dessa temática é Operação Natal, trazendo uma mistura de comédia e ação com direito a um Papai Noel marombeiro e bonecos de neve do mal. 

O comandante da força tarefa E.L.F., Callum Drift (The Rock), precisa se aliar a Jack O’Malley (Chris Evans), um habilidoso rastreador de caráter questionável, para localizarem e resgatarem o Papai Noel (J.K. Simmons) após seu sequestro no Polo Norte. Às vésperas da festividade, os dois têm de superar suas diferenças se quiserem salvar o Natal e o destino de muitos adultos e crianças pelo mundo. 

O que se destaca em Operação Natal é que o longa se propõe a seguir os moldes de filmes de agentes secretos que atuam nas sombras para ajudar a humanidade. E mesmo que a agência em questão lide com criaturas mitológicas e sobrenaturais, o resultado é o mesmo: muita aventura e sequências de ação. Tudo isso temperado com uma boa dose de comédia onde o roteiro consegue equilibrar esses gêneros de forma satisfatória. 

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Um elemento fundamental para que isso funcione é a química entre The Rock e Chris Evans que, inevitavelmente, são associados a um possível encontro entre DC e Marvel quando nos lembramos de seus papéis como Adão Negro e Capitão América. Mesmo que agora sejam personagens bem diferentes, ambos continuam transmitindo carisma e compartilham um bom timing para o humor. 

Outro ponto que merece ser comentado é a qualidade do CGI. Apesar de não ser algo excelente, está longe de ser ruim, o que para esse tipo de produção já é surpreendente. Os efeitos práticos também impressionam, mesmo que utilizados em menor quantidade para a caracterização de alguns seres sobrenaturais. 

Infelizmente, os elogios não se estendem para os vilões de Operação Natal. Enquanto os mocinhos esbanjam carisma, o mesmo não pode ser dito de Gryla (Kiernan Shipka), cuja personalidade genérica serve apenas como um motivador para os protagonistas. Sua própria motivação é mal trabalhada e pouco impactante, de modo que ela fica em segundo plano. 

Por último, fica a mensagem que todo filme de Natal que se preze tem que passar. No caso deste, tudo gira em torno do poder das escolhas de cada indivíduo e a chance de redenção que todos possuem. Por mais que tudo se encaminhe para um desfecho previsível nesse sentido, ainda assim o recado é dado de maneira natural pelo Papai Noel musculoso de J.K. Simmons, sem parecer uma lição de moral ou um discurso motivacional. 

Entre as tantas opções que surgem durante a época das festas de fim de ano, Operação Natal é um daqueles filmes temáticos que valem o tempo gasto. Seja no cinema ou no conforto do seu lar em um domingo à tarde, a combinação entre aventura e comédia é uma ótima dica para reunir a família, tal qual o espírito natalino é capaz de fazer.

Assista ao trailer:

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Mozer Dias

Engenheiro por formação, mas apaixonado pelo mundo da literatura e do cinema. Se eu demorar a responder, provavelmente estou ocupado lendo ou assistindo a um filme.

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