Ambientado no mesmo universo da duologia iniciada em O Esquadrão do Fim do Mundo, o conto Morte aos Profanadores serve como exemplo do que esperar da saga criada por Victor Alves. Ao contar uma história que se passa antes dos eventos do primeiro livro, este prequel desenvolve uma personagem do grupo de forma interessante ao mesmo tempo em que surpreende em seu resultado final.

Na história, somos apresentados ao contexto desse mundo no qual a humanidade tem encarado sua extinção pelas garras dos caçadores ao longo dos últimos vinte anos. Essas monstruosidades se espalharam como uma praga devastadora e irrefreável, inutilizando cada tentativa de eliminá-las. Pelo menos, até agora. Afinal, uma fagulha de esperança se acendeu na cultura da extinta civilização vrahárica quando o conhecimento sobre novas ruínas chegou às mãos humanas e explorá-las pode trazer a tão sonhada solução. É nesse contexto que entra a segundo tenente Valquíria Marshall.

Sobre a leitura de Morte aos Profanadores, é necessário fazer duas observações distintas em relação ao que determinados tipos de leitores podem esperar. Afinal, se este for iniciante a experiência será a de encontrar um ponto de partida instigante e bem desenvolvido. Para quem já conhece, o resultado vai além disso. Além do acréscimo que os acontecimentos desse conto fazem ao primeiro livro, ainda há uma referência a um grande momento protagonizado por Sophia Gilliard em O Herdeiro dos Deuses.

Mas apesar desta referência, quem realmente se destaca é Valquíria Marshall. Como uma história na qual ela está no centro de todas as ações, fica fácil acompanhar seu desenvolvimento e até mesmo gostar dela. Em poucas páginas, vemos ela agir de formas diferentes em situações adversas, algo que não a descaracteriza em nenhum momento. Isso permite que a cada mudança percebamos as nuances de sua personalidade, uma característica muito perceptível no desenvolvimento que Victor Alves dá aos seus personagens no segundo livro da duologia. 

Enfim, as expectativas sobre o que esperar em relação à leitura de Morte aos Profanadores se resumem a oportunidade de conhecer uma personagem bem desenvolvida, encontrar um ponto de partida para um novo universo ficcional e se surpreender no final. Em outras palavras, um conto que nada mais é do que um convite de boas-vindas à duologia O Esquadrão do Fim do Mundo.

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Marcus Alencar

"Palavras importam! Uma morte, uma ondulação e a história mudará em um piscar de olhos"

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