Além de sua carreia musical, Rob Zombie, também ficou famoso pelos seus trabalhos como diretor de cinema especializado em filmes de terror focados em violência, psicopatas e situações extremas. Agora ele dá um passo curioso em sua carreira ao escrever e dirigir seu primeiro filme PG, um prequel dá série de TV clássica The Munsters. Esse programa de TV pode não significar muito para nós brasileiros apesar de já ter passado na Globo e no SBT, mas nunca foi um sucesso por aqui. Também já houve algumas outras versões em longas metragens, e assim como a Família Adams, de tempos em tempos elas retornam para novas readaptações.

Essa é uma produção para streaming e já vivemos numa nova realidade onde determinados filmes encontram espaço para existirem unicamente nesse cenário. Esse novo The Munsters até pode ser uma distração aceitável quando se está em casa e deseja assistir uma comédia com uma estética de Halloween, porém jamais valeria a pena para ser visto na tela grande.

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Um dos principais objetivos de Rob Zombie com essa produção parece ser reproduzir o estilo da série de TV original dos anos 60 e ao mesmo tempo algo na linha de “desenhos animados em live action”. Nesse quesito ele é bem sucedido. É evidente que esse é um projeto com alma e Rob Zombie já deixou claro inúmeras vezes o quanto ele é fã dessa franquia e que desejava fazer algo fiel as suas raízes originais.

O problema maior está no roteiro escrito pelo próprio diretor.  A maior parte das piadas não decola e diversos plots são completamente abandonados ao longo do filme, assim como personagens e situações. Existem diversos saltos de tempo confusos que retiram os espectadores da trama e nos fazem fazer perguntas num filme onde claramente esse não é o objetivo. Os atores estão dando o seu máximo para dar vida a esse universo cartunesco e naturalmente exagerado, porém nada disso adianta se não houver um roteiro minimamente consistente ou uma direção que sabe dar o tom cômico certo para o que os atores estão fazendo em cena.

Aqueles que podem encontrar algum valor nesse longa serão aqueles fãs de filmes de terror clássicos da Universal. Diversos deles fazem pontas aqui e temos citações diretas a essas produções icônicas. Isso pode arrancar alguns sorrisos diante de determinadas piadas e referências. A própria estética estilizada também é agradável e sustenta um pouco da produção em alguns pontos.

Não sei como um fã de longa data da série clássica irá reagir a essa história de origem da família. Imagino que aqui no Brasil eles devam ser uma minoria, se é que existem. Mas como se trata de uma prequel podemos entender a trama sem grandes dificuldades. Pode ser uma opção para um filme família de Halloween, apesar de com certeza existirem opções melhores dentro dessa linha, mas não será algo de todo ruim. Talvez crianças pequenas que terão contato com esses personagens pela primeira vez podem achá-los divertidos e engraçados.

Assista ao trailer:

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The Munsters (2022)

5.0 Regular!
  • Nota 5
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Raul Martins

Autor dos livros Cabeça do Embaixador e Onde os sonhos se realizam

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