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Nessas últimas semanas, o noticiário do mundo nerd andou movimentado por conta da possível volta de Michael Keaton ao papel de Bruce Wayne/Batman em Flashpoint. Além de um retorno à versão do personagem interpretado pelo ator em 1989 e 1992, agora em uma versão mais velha e experiente, teríamos no primeiro filme do Flash o ponto inicial para a construção do multiverso cinematográfico da DC. Curiosamente, as sementes para esse “DCverso” foram plantadas em outra mídia: a tv. Mais precisamente, o crossover Crise nas Infinitas Terras do Arrowverse. O que podemos esperar além disso? Quais as possibilidades que podem ser exploradas? Que impacto isso terá nas séries da CW? Essas são algumas perguntas que tentarei responder neste novo artigo da coluna Olhar Literário.

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Em primeiro lugar, devo dizer que se este filme realmente revisitar a versão do Batman de 1989 teremos uma homenagem à uma produção que marcou época na história das adaptações de quadrinhos assim como o Superman (1978) de Richard Donner. O roteiro pode seguir por um caminho no qual veríamos a introdução do Batman do Futuro. Nesse caso, Michael Keaton interpretaria um herói aposentado que agora cumpre a função de mentor do novo cavaleiro das trevas. Inclusive, isso quase ocorreu no início dos anos 2000 com Clint Eastwood como já revelou Paul Dini em entrevista para o podcast de Kevin Smith. Uma outra possibilidade e até mais ousada seria se ele se tornasse uma figura de bastidores no melhor estilo Nick Fury. Existem outras possibilidades? Com certeza, mas essas são as mais comentadas e prováveis de virar realidade no cinema. Enquanto isso não acontece, fiquemos com montagens como essa só para aumentar o hype:

Saindo um pouco do campo das teorias, vamos voltar no tempo e relembrar do crossover do Arrowverse e entender qual seu papel nessa história toda. Em Crise nas Infinitas Terras, uma das referências utilizadas foi justamente a da Terra 89 na qual vemos o ator Robert Wuhl voltando ao papel do jornalista Alexander Knox. A outra é uma manchete do Gotham City Gazette na qual descobrimos que o Bruce Wayne deste universo se casou com a socialite Seline Kyle (Michelle Pfeiffer), a Mulher-Gato de Batman – O Retorno (1992). Por último, não podemos esquecer do encontro entre o Flash dos cinemas (Ezra Miller) e o da CW que provavelmente será relembrado nesta nova adaptação de Flashpoint. Por esses motivos, não é absurdo dizer que o início do multiverso cinematográfico da DC começava a nascer naquele momento.

Pensando neste multiverso já criado, quais seriam as próximas participações e em quais filmes? Lynda Carter, a Mulher-Maravilha do seriado dos 1960, em um terceiro filme da heroína ou no projeto derivado das Amazonas, por exemplo, seria uma excelente homenagem. Talvez Brandon Routh, de Superman – O Retorno (2006), em Homem de Aço 2? Se isso acontecesse não seria a primeira vez que o ator retornaria ao personagem já que na Crise da CW ele interpretou a versão Reino do Amanhã do icônico herói além do seu personagem em Legends of Tomorrow.

Falando em séries da CW, fica a dúvida sobre como esse multiverso cinematográfico da DC pode influenciar o da tv. Talvez não seja uma influência tão grande que cause mudanças significativas. Na concorrência, por exemplo, Capitão América: Soldado Invernal impactou bastante não só a primeira temporada de Agents of Shield como as posteriores também. Sinceramente, é muito difícil de acreditar que isso possa acontecer novamente já que a Warner/DC nunca tiveram um projeto nesse sentido até o momento. Na verdade, a única influência dos filmes nas séries foi de impedir a CW de utilizar personagens que estavam sendo/ou seriam utilizados no cinema. Com o tempo, algumas exceções foram feitas como é o caso do Superman de Tyler Hoechlin que ganhará série própria.

Enfim, encerro esse artigo com a esperança de ver muito mais do que apenas o retorno de uma versão icônica do Batman junto com a criação de um multiverso cinematográfico da DC. Espero que se possibilidades como essas virarem certezas o estúdio e todas suas adaptações façam um sucesso tão marcante quanto a sua concorrente. Nós todos vamos ganhar e aplaudir com isso, sem sombra de dúvida.

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Marcus Alencar

"Palavras importam! Uma morte, uma ondulação e a história mudará em um piscar de olhos"

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