O ano já começou e com ele algo que já se tornou comum nos cinemas: adaptações de quadrinhos. Desse modo, nada mais lógico do que avaliar nossas expectativas a respeito dessas tão aguardadas produções. Olhando as datas de cada filme, dá pra perceber uma variedade interessante. Como sempre, para o público nerd é sempre bom mesmo não tendo certeza da qualidade de cada adaptação. Em 2017, temos a última aventura do mutante mais famoso dos cinemas, o retorno de um grupo que virou hit, a estreia tardia de uma grande heroína, mais um retorno de um herói famoso, uma incógnita e outra aposta arriscada.


Partindo de uma sequência cronológica, devo começar este artigo com a estreia do mês: Logan. Além de ser a última vez que veremos o Wolverine de Hugh Jackman, este longa também marca a despedida de Patrick Stewart no papel de Professor Xavier. Claro que nesse caso devemos sempre desconfiar dessas afirmações visto que ambos têm uma paixão muito grande pelos seus personagens, o que é muito notável principalmente no caso de Jackman que sempre fez questão de deixar isso bem claro. O caso dele na verdade é o da clássica interpretação marcante de um anti-herói dos quadrinhos. O mesmo acontece acontece com o Tony Stark de Robert Downey Jr, apenas para citar outro grande exemplo. Infelizmente, seu Wolverine não teve tanta sorte ou sucesso tal qual o vingador da Marvel. Fica então a expectativa para que “Logan” seja um final digno assim como toda dedicação do seu ator principal.

Um caso bem menos preocupante é o da sequência de Guardiões da Galáxia. Novamente dirigido por James Gunn, o filme tem a missão de provar que ainda pode ser capaz de manter o sucesso merecido do seu primeiro volume. Levando em consideração o impacto gerado pelo trailer e todas as notícias divulgadas até o momento, o receio diminui consideravelmente. Outra questão que aumenta ainda mais a expectativa está na adição de novos nomes no elenco. Começando pela dupla de atores veteranos composta por Kurt Russel e Sylvester Stallone, conhecidos por vários filmes de ação de sucesso dos anos 80. O primeiro interpretará Ego, o Planeta Vivo, que no filme será o pai de Peter Quill (Chris Pratt) mudando assim a origem do personagem que no material original é filho de Jason de Spartax. Só por essa informação já podemos esperar algo totalmente novo e curioso. Se foi ou não uma boa escolha, só saberemos disso em abril. Já o personagem do eterno Rocky Balboa ainda permanece em segredo, mas tudo indica que será um membro da Tropa Nova segundo rumores. Além deles, temos uma nova personagem feminina (Mantis) que junta de outra (Nebula) apresentada no primeiro filme vem para aumentar ainda mais o grupo. Isso com certeza é uma ótima notícia visto que filmes de super-heróis pouco têm valorizado personagens femininas. Quem sabe, isso já não seja o inicio de uma mudança nas produções dos estúdios Marvel?

Falando em mudanças e poder feminino, no mês de junho teremos finalmente o primeiro filme da Mulher-Maravilha. Enfatizo no “finalmente” pois este tipo de produção é mais do que necessária. É fundamental. Afinal de contas, hoje em dia não se pode mais aceitar que existam “donzelas em perigo” como antigamente. Por esse e vários motivos, é que a expectativa para esta estreia é muito alta. Além de ser um personagem feminino bastante representativo e importante, ela tem tudo para ser a responsável pela revitalização do Universo Cinematográfico da DC Comics. Tendo em vista o resultado dos últimos filmes, a responsabilidade de apresentar um bom trabalho é grande. No entanto, levando em consideração a aceitação do público geral nas cenas em que a Mulher-Maravilha aparece em Batman V Superman é possível olhar com mais otimismo para o futuro dessa adaptação.

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Quem também deixou os fãs de quadrinhos muito otimistas foi o amigo da vizinhança da Marvel, o Homem-Aranha. Em julho, o escalador de paredes retorna aos cinemas após uma breve e bem sucedida participação em Capitão América: Guerra Civil. Por conta deste detalhe , as observações feitas no parágrafo anterior acabam valendo para este mesmo caso. Antes de qualquer coisa, vale lembrar dois detalhes. Primeiro, este será o primeiro filme do personagem pela Marvel Studios. Segundo, em maio deste ano o primeiro filme fará exatamente 15 anos de “aniversário”. É um grande marco já que os outros filmes não foram tão felizes em apresentar com sucesso o herói mais popular dos quadrinhos da editora. O maior receio desta nova empreitada é a participação do Homem de Ferro, algo que certamente pode ofuscar o Homem-Aranha. Isso, é claro, se esta adição ao elenco não for utilizada de maneira correta.

Em novembro, estreia Thor: Ragnarok e com ele a oportunidade de finalmente termos uma adaptação digna do personagem. Curiosamente, a última aventura do Deus do Trovão da Marvel pode sofrer do mesmo risco de “Homem-Aranha: De Volta ao Lar” . Além da confirmação do Hulk (Mark Ruffalo) como aliado, temos também a participação especial do Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch) segundo o que já foi noticiado na imprensa internacional. Nesse caso, só nos resta torcer para que o diretor Taika Waititi consiga equilibrar todos esses personagens e ainda assim fazer um trabalho que seja no minimo superior à Thor: Mundo Sombrio.

Por último, no mesmo mês (pelo menos por enquanto) temos o tão aguardado filme da Liga da Justiça. De todas as adaptações desse ano, essa mega-produção é a aposta mais arriscada de todas. Seja pelo fato de Batman V Superman ter dividido opiniões tanto em público como em crítica ou por conta de um planejamento de universo estendido totalmente diferente daquele aplicado pela Marvel. Deixando a rixa entre as editoras e estúdio de lado, é importante ressaltar o quanto a fórmula Marvel obteve sucesso desde as primeiras produções. Obviamente, nenhuma produção pode ser considerada perfeita, mas o sucesso por outro lado é um fato consumado. Mesmo assim, ainda existe a chance de dar a volta por cima e renascer das cinzas.

De qualquer modo, fica a torcida para que todos os filmes citados tenham o sucesso pretendido. Desse modo, nós só teremos o que comemorar no final das contas.

Olhar Literário é uma coluna escrita por Marcus Alencar. Marcus é redator no site Leituraverso e um dos hosts do podcast Leituracast

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Marcus Alencar

"Palavras importam! Uma morte, uma ondulação e a história mudará em um piscar de olhos"

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