Lou nos apresenta à prolífica e a frente de seu tempo Lou Andreas-Salomé. Estamos falando de uma mulher que no século XIX foi filósofa, poeta, romancista e uma das primeiras psicanalista do mundo. Acompanhamos toda a sua trajetória no longa, da infância a juventude.

Desde muito nova Lou já apresentava uma disposição a ser contra as convenções sociais da sociedade de seu tempo. Lutava pelo direito de estudar e até conseguiu convencer um padre a ensiná-la teologia, literatura e filosofia. Conseguiu uma vaga na universidade de Zurique, única universidade a admitir mulheres na época.

Lou também conviveu com figuras interessantes de seu tempo, pode destacar o filósofo alemão Friedrich Nietzsche e o famoso psicanalista Sigmund Freud. Algumas características da personagem a torna hoje, sem dúvidas, um ícone do feminismo. Atitudes como a recusa em se casar e da não submissão ao homem, ou até mesmo o simples fato da busca pela capacitação intelectual fazem de Lou uma figura singular na história.

No longa, Lou é interpretada por diferentes atrizes. Katharina Lorenz é a de mais destaque, interpreta a protagonista dos 21 aos 50 anos, e faz um bom trabalho, segura o peso da personagem. Na direção temos Cordula Kablitz-Post, que faz um trabalho burocrático e conservador. Mas se o objetivo era apenas contar a história de Lou, se saiu bem.

O filme não possui um enfoque apenas na vida profissional de Lou, temos também explorado no filme sua vida pessoal que é de extrema importância em sua obra. Um filme com uma protagonista feminina no século XIX , que escreve sobre feminismo, narcisismo e sexualidade se faz mais do que necessário no nosso tempo, se torna obrigatório para quem está disposto a levantar bandeiras.

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