Em termos históricos, nenhuma outra banda fez tanto sucesso quanto os Beatles. Verdadeiros ícones da música e da cultura pop, eles são lembrados até hoje pelo seu sucesso mundial. Por esse motivo, é tão interessante conhecer a história do seu integrante mais enigmático: John Lennon. Como foi sua vida antes do sucesso? Qual foi o caminho que moldou sua personalidade musical? As respostas para essas e outras perguntas podem ser encontradas em O Jovem Lennon, de Jordi Sierra i Fabra, que narra um período pouco conhecido pelo grande público.

Na trama, conhecemos a adolescência de Lennon, a fase em que tomaram forma os sonhos e ideais que determinariam sua vida e sua arte e, tragicamente, sua morte. A infância pobre em Liverpool, os dramas e conflitos familiares, a amizade com Paul McCartney e a decisão de formar uma banda de rock and roll, tudo isso está presente nesse romance que compreende dos 14 aos 18 anos da vida do beatle que ajudou a mudar o mundo.

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Em primeiro lugar, é necessário avisar que O Jovem Lennon não é uma biografia, como o próprio título e a sinopse dão a entender. Nesta publicação, fatos reais e um pouco de ficção se misturam para criar um romance que conta a história de um garoto muito antes de ser o artista que deixou sua marca no mundo. Isso é feito em partes separadas por anos e fatos importantes: A pré-adolescência no Prólogo (1940), os aspectos da sua vida em Liverpool (1950); a relação com sua mãe Julia (1957) e a gênese dos Beatles nas duas últimas partes. O mais curioso de todo esse trajeto feito pela leitura é o que vem depois, quando o autor faz enfim sua introdução e explica os bastidores da produção do livro.

No entanto, o que realmente desperta atenção é a forma como esse conteúdo chega até ao leitor. A escrita de Jordi Sierra i Fabra é simples, ágil e principalmente envolvente. Facilmente, ficamos com a atenção presa a detalhes tão bem descritos e colocados com precisão pelo escritor. Para deixar tudo ainda mais interessante, há espaço para entender através de poucas palavras como John se sentia em relação à música, seu processo criativo e o complicado relacionamento com a mãe. Sobre ela, inclusive, fica o destaque de como as canções “Mother”, “Julia” e “My Mummy’s Dead” ganham mais significado após a leitura de O Jovem Lennon.

“A canção nascia natural e espontaneamente do amor e do ódio. Sentia-se fraco e forte ao mesmo tempo. Sim, tudo fundia-se na realidade indescritível da canção”

Quem também se destaca nessa história é Paul McCartney. Neste livro entendemos que quando ele entra na vida de Lennon, as coisas parecem tomar um rumo decisivo na direção do sucesso que parecia destinado a eles. É como se ecoasse um dos versos de “Imagine” no qual o próprio John canta que pode ser um sonhador, mas não é o único. Desse ponto em diante, tudo fica um pouco mais previsível, mas não menos interessante. É apenas questão de tempo até a chegada de George Harrison e o surgimento dos Beatles.

Independente se você é ou não fã da banda, vale a pena conhecer a história contada de John Lennon. O principal motivo é que durante a leitura de O Jovem Lennon uma viagem única no tempo será feita com várias paradas em momentos importantes. Ao final dela, só restará o sentimento de gratidão pela oportunidade de desvendar a inspiradora vida de um ícone da música.

Adicione este livro à sua estante!

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Marcus Alencar

"Palavras importam! Uma morte, uma ondulação e a história mudará em um piscar de olhos"

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